Como é uma das ultimas coisas que falta, e que eu queria ver, fomos ao PALÁCIO DE HAMPTON COURT. Este fica a 15 km de Londres, por isso fomos apanhar o comboio a Waterloo Station em direcção à periferia.
A viagem não foi muito longa, mas deu para observar uma rápida mudança do outro lado da janela. Os grandes prédios cinzentos ficaram para trás e chegaram as pequenas vivendas com jardim, os lagos e as arvores ao longe.
Hampton Court parece ser uma vilazita pacata à beira rio, mas não posso afirmar com certeza porque não vi mais para alem do curto caminho que vai entre a estação do comboio e o palácio.
Passámos a pé uma pequena ponte que atravessava o rio e demos logo de caras com um portão do palácio. O que não me espantou minimamente, pois como é obvio, já estava a vê-lo à distancia.
Mal entrámos, fui logo direita ao labirinto. SIM, UM LABIRINTO! Ouve uma época em que era habito ter um jardim em labirinto nos palácios. NÃO É FANTÁSTICO?!
O labirinto não era muito grande mas o suficiente para perder uma boa meia hora às voltas, as paredes eram arbustos, com cerca de 2 metros de altura e entre eles estava uma vedação de ferro para que ninguém se enfiasse pelos buracos entre os ramos numa tentativa desesperada de sair.
Lá fui eu, toda contente, com os meus pais a seguirem-me. Andamos por caminhos estreitos que por vezes não tinham saída ou iam dar ao mesmos sitio de onde tinha vindo. LOL, É MESMO FIXE!
Por ali andavam outras pessoas em busca do centro do labirinto e obviamente, a saída. De vez em quando via-se um miúdo que passava a correr a chamar pela mãe, assim como umas chinesas que nunca paravam de rir, mas o mais caricato eram umas velhotas com um ar muito divertido a tentar descobrir o caminho.
O labirinto não era muito difícil, depois de algumas tentativas, que duraram uns 10 minutos no máximo, encontrei a saída e o centro. Sim, esta é a ordem correcta, encontrei primeiro a saída e depois o centro. Não é preciso gozar comigo, a falha não foi minha, mas sim do labirinto. Estupidamente a saída é à entrada do centro. Sei que isto não faz muito sentido, mas a verdade é que não pude verificar a situação, pois não havia nenhum sitio alto onde pudesse ver o labirinto de cima.
Depois disto já fiquei satisfeita, mas tive pena de não ter ninguém comigo que quisesse fazer uma corrida e ver quem chega primeiro ao fim. Quem me dera ter um labirinto em casa.
Como já eram horas de almoçar, fomos ao restaurante nos jardins do palácio comer uma refeição inglesa. Não estava muito má. A primeira garfada até sabe bastante bem, o pior é quando damos a segunda. Quanto mais comes, mais te apercebes do tempero excessivo, o que torna a comida bastante enjoativa. No entanto aproveitei para comer um scone, que eu adoro, apesar de que não estava lá grande coisa, era muito seco.
De barriga cheia, e a ouvir o meu pai cheio de pressas porque não havia tempo para ver tudo, afinal eram 1:30, 2 horas e o palácio fechava às 4:30.
O edifício, é um palácio medieval, bastante requintado. Passaram por ele muitos reis, e cada um ocupou um espaço diferente do mesmo.
Passeamos por diferentes aposentos, onde vimos varias camas de dossel que quase alcançavam o tecto. A maioria das paredes eram cobertas por grandes quadros, embora a entrada de um dos aposentos continha uma pintura deslumbrante directamente nas paredes e tecto da divisão.
Parece que no meio da visita passei por um fantasma mas não dei por isso. Ao que consta é o fantasma de uma tal de Catarina, mulher de um dos reis, que foi mandada matar pelo próprio marido, acusada de traição.
Visitámos, também as inúmeras cozinhas, e os grandes jardins maravilhosos, que neste momento muitos deles estavam sem nada.
O mais engraçado na organização turística deste palácio, é que usufrui de uma companhia de actores que desempenham papeis enquanto fazem visitas guiadas. Podemos mesmo assistir a algumas histórias que ali se passaram.
É muito giro para assistir, mas infelizmente não consegui acompanhar o grupo que eu queria porque a minha mãe foi à casa de banho e nunca mais voltava. Assim, tive de deixar o grupo partir e já não podia ir atrás.
Bem, depois de tudo visto, já estávamos cansados de andar. Decidimos voltar para casa e descansar um pouco, enquanto pensávamos onde ir jantar.
Entre alguns dos restaurantes que eu tinha assentado no bloco, que eram os únicos que tínhamos conhecimento depois da minha mãe perder o livro sobre Londres que nos servia de guia, sugeri o MANGO ROOM.
Desta vez, não era dia dos namorados, então foi mais rápido arranjar uma mesa, só tivemos de esperar meia hora. Mas enquanto isso pedimos umas bebidas deliciosas, especialmente uma que levava leite de coco que era de levar às lágrimas.
Desta vez não escolhi tão bem o prato. Pedi Pato com molho de mel. Era fantástico, e a carne estava bem tenrinha, mas não tinha era acompanhamento. Este é daqueles sítios onde a comida é boa, a apresentação do prato é muito agradável, mas a quantidade de comida deixa um pouco a desejar, para não dizer a passar fome. E para melhorar, é quase preciso deixar um ordenado para pagar o jantar.
Mas é os meus anos, e tenho direito a um sitio especial.