Tuesday, January 16, 2007

ZIP ZAP RAP

Como não tínhamos ainda percebido como funcionavam as “aulas”, levantámo-nos cedo para ir para a escola porque supostamente a terça fazia parte do horário como um dia de “aula”.
Contudo, quando chegámos, percebemos que algo não estava certo. Estava na sala um professor, que nós só tínhamos visto uma vez, com um dos grupos que foram estipulados na semana anterior. Este prof chama-se Ed e tem um ar muita maluco, mas é acima de tudo um porreiro. Convidou-nos para nos juntarmos ao grupo e participar numa nova experiencia.

Este foi o momento mais curtido que tive desde que cheguei. A experiencia era baseada numa ideia alucinada do Ed sobre o nome de um CD dos anos 80, chamado ZIP ZAP RAP.
Para iniciar juntámo-nos todos numa roda, incluindo o Ed. De seguida ele agarrou em duas peças de fruta, uma maçã verde e uma laranja. Iniciando para o seu lado direito começo dizendo, “This is a ZIP”, e mostrou a maçã. A pessoa que estava ao lado dele tinha que perguntar, “a what?”, e de seguida ele responde, “a ZIP”. Assim, a pessoa pega na maçã e faz a mesma afirmação ao seguinte, “This is a ZIP”, ao qual ela pergunta, “a what?”, e de seguida a primeira pessoa repete para o Ed “a what?”, ao qual ele responde, “a ZIP”, e a pessoa repete, “a ZIP”, e ai a segunda pessoa agarra na maçã e repete o processo. Ou seja, isto sem interropeções soa mais ou menos assim: This is a ZIP... a what?... a ZIP...This is a ZIP... a what?... a what?... a ZIP... a ZIP...This is a ZIP... a what?...a what?... a what?... a ZIP... a ZIP... a ZIP... This is a ZIP... a what?... a what?... a what?... a what?... a ZIP... a ZIP... a ZIP... a ZIP... This is a ZIP..., e por ai em diante.

Ao mesmo tempo ele iniciou o mesmo processo para o outro lado mas com a laranja, dizendo, “This is a ZAP”...

Como podes imaginar, quando isto se cruzou a meio, ou seja em mim, tornou-se muito confuso. A certa altura eu tinha a maçã numa mão e a laranja noutra e não sabia para que lado dizer o quê? LOL
Foi a risada total. O rapaz que estava ao meu lado passava o tempo em pânico, com as mãos na cabeça a dizer, ”Oh no, it’s caming”, principalmente quando a segunda fruta começava. Repetimos isto uma quantas vezes porque acabava por ficar sempre a meio numa granda confusão e o objectivo era que as duas peças de fruta regressassem ao Ed. Quando finalmente, isso aconteceu (já me doía a barriga de tanto rir), o Ed gritou, “ZIP ZAP RAP, ye”.

Foi definitivamente uma experiencia inesquecível.

De seguida, o grupo acalmou e preparou-se para uma das apresentações. Foram dois rapazes apresentar um documentário inglês sobre graffitis, onde entrevistavam vários rapazes graffiters e incluía algumas opiniões de outras pessoas. Não vimos todo porque era demasiado extenso, mas parecia bastante interessante. No final fez-se um debate sobre o assunto, onde algumas opiniões divergiram, mas tudo num modo produtivo.

O Ed é o de vermelho do lado direito

Quando tudo terminou fui num estante almoçar à cantina e voltei para falar com o David. Como não tínhamos vindo à tutoria de sexta-feira, era, provavelmente, uma boa ideia falar com ele agora. Incrivelmente já tínhamos ideias para falar sobre os projectos. Pensando bem nisto, foi realmente impressionante. Nós não tínhamos os briefings até ao final da manhã deste mesmo dia. Tínhamos ido ler os briefings do D&AD, que estavam afixados na parede do studio, e imediatamente apontei os mais interessantes e escolhi um. O briefing do outro projecto, “Sex, Lies and Comunication”, recolhemos à entrada da sala onde estavam presos por uma mola para os alunos poderem tirar. Ou seja, em pouco tempo conseguimos decidir o que íamos fazer. AMAZING!!

Bem, falámos então com ele e explicámos porque não podemos aparecer na sexta, ao qual ele respondeu que não era preciso dizer nada com ar de quem realmente não se queria intrometer na nossa vida e que era na boa. Ele é mesmo um FIXE.

Quando apresentámos as nossas ideias, ele mostrou-se entusiasmado e ansioso ver os resultados. Não falámos durante muito tempo, tanto por ainda não haver muito que falar mas, também, porque ele tinha tutorias com outro grupo.

Fomos, então, para a sala dos macs, que fica do lado oposto da universidade, para fazer alguma pesquisa e aproveitar para ler os mails. Com a rotina escolar que temos têm sido poucas as oportunidades para ir à net.
Aproveitámos, ainda, para passar na papelaria da escola para comprar uns sketch books para os projectos. Esta papelaria, segundo os alunos, é mais barata que outras lojas de material, o que me assustou porque aquilo não é nem de longe nem de perto o que eu chamo de barato. No entanto tem todo o tipo de material que algum dos cursos pode precisar para projectos. É realmente bastante útil, devíamos ter algo assim na ESEIG.
Esta escola têm realmente boas condições para se fazer os projectos, para alem da papelaria, tem, ainda, uma sala de impressões fantástica. Tem peloter, 2 epsons A1, 1 epson A3 e 1 HP A1. Tem vários tipos de papel mesmo de rolo. É tudo very handy, mas os preços tornam tudo menos apelativo.