Friday, January 12, 2007

Finalmente uma casa, mas conforto ainda nao

Hoje, acordámos por volta das 10 a.m., a pensar em ir para a escola, pois íamos ter a primeira tutoria para não se perder uma semana. Contudo isto não foi possível de acontecer porque logo de manhã instalou-se uma enorme movimentação nas nossas vidas.
Tentámos que o Muz nos disse-se se ia poder viver connosco ou não, pois tínhamos que responder a uma das casas o quanto antes possível. Esta decisão não estava fácil, o Muz não sabia se ia poder ou não porque os amigos estavam muito relutantes quanto a emprestar o dinheiro.
Com nenhuma alternativa decidimos telefonar a aceitar o twin room, mas mesmo no momento em que o telefone começou a chamar, a Andreia desligou. Ela estava relutante em deixar o flat. Neste momento estávamos a ponderar se valia a pena o risco de poder ficar a divida para o nosso lado. No entanto o Muz lembrou-se de uma solução para arranjar o dinheiro, mas precisava de uns dias, os quais nós não tínhamos.
Então “decidimos” emprestar dinheiro até ele poder pagar. Eu pessoalmente não gostei da ideia, pois não me atrai emprestar dinheiro a alguém que mal conheço. Mas a Andreia convenceu-me, até porque iria ser só até à noite quando a Jenny chega-se. Ela ia devolver-me o dinheiro em nome do Muz.

Bem, como era realmente importante para a Andreia ficar no flat, as coisas lá andaram nesse sentido. Ligámos, então, para o Roan e ficou tudo resolvido.

No entanto, ouve mais uma situação a resolver. Nós tínhamos o Hostel pago até segunda, por isso tinha-mos decidido fazer a mudança durante o fim de semana. Mas, em conversa com uma das raparigas americanas que ainda se encontrava no quarto, soubemos que ela não tinha onde ficar a partir desta noite.
O Hostel tinha enchido para o fim de semana, e quem não tinha feito reserva com antecedência, não tinha camas vagas. Então decidimos pedir ao Roan se podia-mos mudar imediatamente neste dia, e assim a rapariga ficava com uma das nossas camas e pagava-nos as restantes noites. Era um bom negocio para ela e para nós.
Entretanto ouve outro rapaz, australiano, que tinha o mesmo problema. Fizemos a mesma proposta, e assim recuperámos o dinheiro que não vamos usufruir no Hostel.

Depois de toda esta confusão, tudo acabou por se resolver. Ficámos, assim, de nos encontrar com o Roan durante a tarde, o que já não faltava muito, para assinar-mos o contracto e fazer o primeiro pagamento.

Depois de tudo tratado, voltámos então ao Hostel para ir buscar as malas. O Perry foi um bacano e foi-nos buscar de carro, e ajudar com a bagagem.
No meio disto tudo o mais impressionante foi a maneira como ele conduz. É incrível. Faz ultrapassagens em cima dos outros carros, inversão de marcha em riscos contínuos e já para não falar que anda no lado contrario da estrada. O mais estranho é que coincidentemente os outros condutores fazem todos o mesmo.

Bem, chegando finalmente a casa, atiramo-nos relaxadas para o sofá. Mas agora tínhamos outro problema. A casa não tem lençóis nem cobertores, e nos também não. Tentámos procurar, mas já era tarde, todas as lojas e supermercados fecham por volta das 7 p.m., a hora em questão.

Sem outra solução, jantámos nalgum lado e voltámos para casa. Esta noite só tínhamos uma cama e nada de lençóis ou cobertores e para piorar a situação, o aquecimento estava desligado e não sabíamos como se ligava. Tentámos tudo o que era botões que nos pareciam possíveis e impossíveis, mas nada. Dormimos, então, as duas na mesma cama tapadas com os casacos e relutantemente com um edredão MUITO mal cheiroso do Muz.

A nossa rua

O nosso prédio